sexta-feira, 25 de julho de 2008

o amor é pura perda...

E ele acordou cedo. Levantou-se da cama, fez o café e viu pela janela da sala o dia amanhecendo. Um dia como outro qualquer se não fosse a noite anterior, um dia como tantos outros que se passaram naquela mesma janela e que não lhe causava qualquer sensação, se não fosse a lembrança da noite anterior que adormecia em suas lembranças.

À noite, antes de dormir, leu em um dos livros que lhe espreitava o sono uma síntese daqueles dias: " ... mas o amor não se dá, nem se possui, o amor é pura perda, desdenhoso de sua fortuna, desligado de si mesmo, desprendido de qualquer reino. E essa puríssima perda de amar é a única riqueza do amor, como uma luz sobre o mundo, como uma pobreza radiosa, como uma jóia de alegria na infinita solidão dos viventes."