sexta-feira, 1 de maio de 2009

No mundo dos movimentos: o silêncio


De quantas verdades precisamos para viver? Quantas são as mentiras realmente necessárias?

Ainda não encontrei respostas, mas me pergunto todo dia como é conviver com a dialética da verdade e da mentira. Por que somos tão suscetíveis às pequenas e breves verdades do cotidiano? Somos ou não somos feitos de barro? Parece que não. Ou pelo menos para alguns esse barro é delicado demais, um sopro de sinceridade e o mundo vai ao chão.

Ultimamente ando mais impaciente com essa coisa da mentira social, a pequena e suave mentira para manter as relações sociais vivas. E olha que um ariano impaciente já é uma completa redundância. Mas a vida segue e nem sempre é possível agir como a natureza manda. Sim, eu controlo minha natureza. Nem sempre consigo, mas tento. E quando não consigo, tomo café. O café me deixa mais quieto.

Nada me desarma mais do que a verdade. Tudo vai embora diante da verdade. Raiva, desapontamento, mágoa, indignação. Qualquer desentendimento se resolve diante da verdade. Não sei explicar a origem disso, só sei que comigo é assim. Talvez pelo estado de fragilidade que o outro se coloca quando resolve contar a verdade. Acho que desperta em mim um sentimento quase paterno de acolhimento. Mas de repente, muitas vezes sem necessidade alguma, lá vem a mentira toda sorrateira...
  • Eu tenho uma idéia que um dia ainda coloco em prática de forma irreversível. É simples como água. Não me pergunte nada que não esteja preparado para ouvir a resposta. Vai que eu estou naqueles dias de ariano e resolvo responder de forma objetiva e clara... Não confundir com grosseria. Em ocasiões que a verdade poderá causar constrangimentos ou mágoas eu prefiro a melhor atitude que já inventaram no mundo dos movimentos: o silêncio.

Veleiro