segunda-feira, 6 de outubro de 2008

ir ao cinema no Iguatemi... que dureza!


Algumas coisas eu não entendo, não entendo, não entendo e não entendo. E isso para um sujeito racional e sistemático é quase uma agressão. Por exemplo. Eu não entendo como o cinema do Iguatemi pode desrespeitar tanto o consumidor e ninguém dizer ou fazer absolutamente nada. Não entendo porque você tem que ficar 40 a 50 minutos em pé na fila do cinema Multiplex do iguatemi para comprar um mísero ingresso para assistir a um filme. É inaceitável nos dias de hoje você sair de casa para ir ao cinema e saber que vai ficar cerca de 50 minutos em pé numa fila como se estivesse pedindo um grande favor ao shopping, ao dono do cinema, a seja lá quem for.

Recentemente fiquei 50 minutos na fila (mais uma vez!) para comprar um ingresso no cinema do Iguatemi (Multiplex). Motivo? Só havia dois caixas funcionando, sendo que um era para dar prioridade a idosos, gestantes e etc. Ou seja, a fila imensa e só um atendente. É desesperador. Você olha para o relógio e vê que o filme está perto de começar e nada da fila andar. Aceita cartão de crédito e débito na bilheteria, então já viu, passa cartão, dá erro, passa de novo, imprime, assina, digita a senha... E a multidão na fila feito gado à espera de que mesmo? Ah, o filme...

Ir ao cinema hoje virou teste de paciência. Dessa última vez, além dos 50 minutos em pé na fila ainda aconteceu um fato novo. Fui para outra fila, a da pipoca (mais uma fila!). Ao ser atendido a moça informa: não tem coca cola, senhor, não tem refrigerante, está em falta. E mais não disse. Nessa hora você sente um idiota por ter saído de casa. Hoje não é meu dia, pensei. Mas insisti, desci, comprei refrigerante, subi, comprei pipoca e enfim... o filme.

Antes de entrar na história do filme, claro, duas moças chegam atrasadas e começam a conversar como se estivessem no puleiro de suas casas. Ai, ai... Penso que elas poderiam morrer engasgadas com as suas pipocas, seria tão bom... Mas se eu não matei as pessoas na fila, a moça da bilheteria e a moça que avisou: não tem coca-cola, senhor, não poderia matar essas duas. Não primeiro que as outras. É preciso respeitar a fila!

Troco de lugar. Respiro aliviado: ninguém sentado à frente. O filme (re)começa, o filme se arrasta, o filme termina. Sim, eu não devia ter ido ao cinema. Se não fosse a companhia agradável, sempre é bom estar bem acompanhado, eu juraria nunca mais voltar ao Multiplex do Iguatemi. Mas... quem resiste a um bom filme no cinema? Aquele cheirinho de pipoca e coca cola (zero cal, por favor) por perto? E comer ameindoim com chocolate entre um e outro gole de coca cola (zero cal, por favor). Hummm... tão bom, tão bom.

Como ir ao cinema é loteria e eu não tenho tido muita sorte nesse tipo de aposta, quem sabe se eu jogar na megasena a coisa não muda?

P.S. Qual filme eu vi? Tormenta de lágrimas, lágrimas das tormentas...algo assim. Richard Gere e Diane Lane. Lindos atores interpretando um texto horrível de tão clichê e repetido. Desrecomendo! Esse não vale nem em DVD.

P.S. Tentei comprar ingresso virtualmente. O cadastro é tão invasivo que recuei. Pediu CPF, RG, nome do pai, nome da mãe, endereço completo, telefone, número do cartão de crédito, dígitos de segurança, etc. Só faltou mesmo a senha do banco.

Veleiro

2 comentários:

Garota D disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Garota D disse...

Primeiro: Como você tem um blog e não avisa hein... já faz até um tempo, inclusive. Adorei, quase consigo ouvir você falar :), e isso torna ainda mais legal a experiência. Parabéns, que este blog tenha vida longa!
Segundo: o ritual de ir ao cinema: Concordo com você a dificuldade que é. Eu já passei por situações piores, tais como sessões inexistentes anunciadas no jornal, sessões lotadas, etc. Mas minha irmã ganha nesse quesito: Certa vez ela foi ao Iguatemi para uma estréia e o filme não tinha chegado do distribuidor. Na minha opinião essa foi a maior viagem perdida da história das idas ao cinema.
Terceiro: pessoas que falam no cinema e atrapalham o filme merecem um inferno especialmente cruel e exclusivo, junto com aqueles que xinga a mãe da gente: é pecado mortal. Pior mesmo só quem conta a parte mais emocionante do filme e te priva da real diversão, essas devem cair no vazio para todo sempre.
Quarto: a gente gosta de se torturar... para assistir a um bom filme na tela gigante e com um som de qualidade a gente se submete mesmo. O negócio é respirar fundo, ter consigo um bom livro ou uma boa companhia e desfrutar o tempo na fila de forma proveitosa.